18/01/2009 - RETORNO CAMPO MOURÃO A MARINGÁ - FINAL DA VIAGEM



CONSIDERAÇÕES

Foram 17 dias inesquecíveis, nossa primeira viagem internacional, planejamento de mais de um ano, um sonho iniciado da vontade de algo diferente, de conhecer lugares, conhecer cidades, culturas e pessoas.
A viagem foi maravilhosa, começando uma nova viagem exatamente em um novo ano, justamente dia de Ano Novo estávamos na estrada, sem saber o que tinha pela frente a não ser a imagens que estavam na cabeça.
A medida que você planeja uma viagem, primeiramente você navega nas imagens e nos seus sonhos, mas quando você está vivenciando é algo inexplicável, ao olhar uma foto e ao estar no lugar torna-se um coisa mágica, você pensa, "nossa eu estou aqui", um sonho realizado.
Nossa viagem foi realizada com um orçamento baixíssimo, não priorizei o conforto, e sim a vontade de conhecer lugares novos e não me arrependi. Gastamos sem as despesas pré-viagem a média de 210 reais diários, para duas pessoas e fazendo uma comparação com um pacote turístico para a região de 7 dias que custa pelo menos US$ 1.300,00 , realizamos pelas metade do preço em duas pessoas e em 17 dias, além da liberdade de passeios, sem horários, fazendo o que bem entender.
Pensar o que foi mais bonito é difícil, mas não nos arrependemos de nenhum lugar que passamos, podemos destacar alguns inesquecíveis como o início da viagem, a chegada em Tafi del Valle, linda região, Cafayate com suas vinícolas e suas quebradas, o charme de Cachi aos pés da Cordilheira, o lindo vale na Cuesta del Obispo, Salta e sua arquitetura espanhola, Quebrada de Humauaca com suas mágicas montanhas coloridas, a estrada para Paso de Jama sensacional, depois chegamos no Deserto de Atacama, inimaginável, nenhuma fotografia traduz o que é estar lá, simplesmente fantástico, emociona.
Em nosso trajeto de volta a dúvida em voltar ou seguir pelo Sul, bateu a vontade de conhecer mais, retornamos pelo litoral beirando o Pacífico, majestoso e de uma imensidão tremenda, tivemos ainda a satisfação de presenciar o RALLY DAKAR, o maior do mundo, a charmosa La Serena, Vina de Mar, a mais famosa praia Chilena, além de Santiago, uma grande metrópole Sulamericana, passar pelos andes novamente através dos Caracoles, no Paso Cristo Redentor, pelo Pico Aconcágua, Puente del Inca, a estrada é muito bela. Finalmente Mendoza e suas Vinícolas, a cidade muito bonita, arborizada e simpática. Depois disso tudo voltamos cortando a Argentina "pelo meio", com rápidas passagens em San Luis, Sierra las Altas Cumbres, Córdoba, Santa Fé
Depois de tudo isso a gente redescobre a vida, voltamos com as almas lavadas, depois de descobrir novas culturas, novos hábitos, pessoas do mundo inteiro procurando algo diferente, seja de carro, moto, bicicleta, ônibus, pessoas que como nós sentiram a necessidade de descobrir novos rumos. Aprendemos muito, descobrindo como vivem aqueles povos do deserto, os descendentes incas do Norte da Argentina, com todas as dificuldades vivem felizes, e mais, vivem ainda com todas suas tradições históricas e folclóricas, ficamos emocionados.
Agora só resta pensar na próxima, não sei quando, mas voltaremos...


em breve balanço geral, mas vai aqui um pensamento de Amir Klynk

"Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser; que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver”.

17/01 - 17º DIA DE VIAGEM

DE ITUZAINGÓ A CAMPO MOURÃO

Última manhã na Argentina, acordamos bem cedo, já que ainda tínhamos mais de 700 km pela frente e estávamos muito cansados depois de quase 8000 km rodados até aquele momento, como disse antes essa região é muito parecida com o Brasil, com muita plantação de soja e reflorestamento e o visual mudou um pouco, pois na passagem de ida a vegetação estava toda seca devido a estiagem, mas nessa passagem tudo mudou, muito verde devido ao retorno das chuvas, mas como no Brasil vieram tardias... nossos amigos vizinhos também terão uma grande quebra de safra devido a seca, do resto hoje não tem praticamente nada de interessante a não ser somente o retorno, além da ansiedade de voltarmos a nossa casa, ver nossos filhos, parentes e amigos.
Mesmo assim ainda deu um tempinho de passar no outro vizinho Paraguay e comprar algumas coisinhas e alguns presentinhos...

Fotos desse dia são mínimas, mesmo por que nada de tão interessante... 

Finalmente nosso Brasil amado e as vezes odiado...mas a nossa terra é a melhor de todas indiscutivelmente
Tranquilidade na aduana 
Gendameria em Posadas, apesar de todos as ressalvas quanto aos policiais mal intensionados e até uma certa apreensão quanto a esse problema, não tivemos absolutamente nenhum problema com eles, pelo contrário, todos atenciosos e prestativos

DIA 16/01 - 16º DIA DE VIAGEM

CÓRDOBA À ITUZAINGÓ

Depois de um certo entrevero no hotel em que fixamos, resolvemos sair bem cedo de Córdoba, já que não pretendíamos esperar o Rally Dakar, pois chegaria muito tarde, como já havíamos visto no Chile, partimos rumo ao norte, essa região é a segunda mais importante economicamente da Argentinaa, a cidade além de industrial, também tem várias universidades e uma agricultura muito forte, muito parecida com so campos de soja do Mato Grosso que se perde de vista, a partir de Córdoba o terreno muda totalmente, parece que estamos andando em cima de uma tábua de tão plano o terreno e foi assim até Posadas.

PIOR DIA DA VIAGEM - CALOR INSUPORTÁVEL

Esse dia realmente sefremos, pois como o ar concicionado havia estragado novamente antes de Mendoza e deixei pra arrumar no Brasil, passamos o maior sufoco de toda a viagem, um pouco antes de Santa Fé o calor começou a apertar, e na ruta 11 entre Santa Fé e Resistência aí fomos quase cozinhados literalmente... ventilador no máximo, quatro janelas abertas, e não tinha o que atenuasse aquele calor, lá se foi toda aquela alegria de ter passado o Chaco com uma temperatura agradável e nesse dia fazer um calor infernal

RECORDE - 1.140 KM NO DIA 

Pela vontade de chegar e um pouco pela desorganização minha, não paramos em Resistência ou Corrientes para dormir achando que encontraria um Camping a beira da estrada logo adiante de Corrientes, engano, era somente em fins de semana que alugavam pra acampar, assim tivemos que espichar noite adentro, paramos em Itati, nada de Camping e Pousadas, seguimos então em frente, no único dia que dirigi à noite, não é recomendável, mas como a estrada era boa e tranquilo fui em frente, chegamos em Ituzaingó, lugar de uma grande Usina Hifrelétrica e local de pescadores, Camping lotado, Pousadas lotadas, era sábado e tarde da noite, passava de meia-noite, interessante que havia muita gente na rua ainda, o povo dorme muito tarde por lá, mas também acorda bem tarde, quando já exaustos e decididos a sofrer mais um pouco e ir até Posadas, aí resolvi dar mais uma andada pela cidade e quando estávamos procurando a saída, do nada, aparece no meio da cidade em uma data improvisada, um modesto Camping, paramos, estava aberto e fomos ver se tinha vagas, opa ok, beleza, encontamos ali mesmo, sem muita estrutura, bem abafado, mas era ali mesmo que ficamos... ainda sobrou tempo para tomar 2 cervejas Quilmes que havia comprado em Resistência, tomei sózinho a Andréa desmaiou no colchão e foi-se mais um dia 

Corientes - Ar
Modelo última geração....mas deve ser 1909...rss
Resistência-Corrientes
Ponte sobre o Rio Paraná
Ainda acham que são deles

DIA 15/01 - 15º DIA DE VIAGEM

MENDOZA À CORDOBA

Com o sol raiando forte, partimos para mais uma puxado para o retorno, conhecemos San Luiz, cidade grande e relativamente mais moderna, bem diferente de Mendoza, mas paramos somente para cambiar uns trocos e abastecer, rumamos para Córdoba, depois de um engano numa grande rotatória, "muito cuidado"...segui rumo a Buenos Aires, mas logo me dei conta e ví uma placa para La Toma, foi ali mesmo, numa estrada vicinal e não é que era pedagiada e para surpresa nossao mais caro de toda a viagem... 3,00 pesos, mas dava direito de passar em outro logo adiante de graça, mesmo assim tinha mais um nesse valor...putz... mas a estrada era muio boa e duplicada também praticamente até Merlo.
Depois da entrada de Merlo, começa uma região de muito verde e muitas pousadas de verão, muitas chácaras, cabanas, represas, antes das montanhas de Las Cumbres, perto da cidade de Mina Clavero, quando começa novamente as serras, chamadas de Altas Cumbres, com vegetação baixa e muita pedra, muito parecida com nossos campos gerais na região de Ponta Grossa, onde se tem um bela vista da região e uma temporatura muito agradável, a serra termina exatamente antes da cidade de Alta Gracia, que para quem não conhece é a cidade natal de Che Guevara, local também de muitas casas de campo, provavelmente de moradores de Córdoba, que é uma das maiores cidades argentinas, aliás não achei muita coisa na cidade, pois o que há é muitos prédios novos e velhos, casarões antigos, igrejas, etc... cidade grande não é minha praia
Chegamos ao entardecer e a cidade respirava Rally Dakar, olha nós novamente no encalço do Rally depois do Chile a 3 dias atrás quase nos encontramos de novo, pois iria passar no dia seguinte, encontramos facilmente um hotel, bem ruizinho aliás, mas dormimos bem, depois de um entrevero no hotel, por causa de la cochera(estacionamente), passaram valor com cochera e depois não queriam pagar... bati o pé e tiveram que pagar...hehehe

Despesas

em breve


Trevo de acesso a cidade de Che Guevara
Arredores de Córdoba
Altas Cumbres
Parador el Condor - eta lugarzinho caro
A caminho de Córdoba
Últimas serras da viagem - depois só planície
Região de Merlo
A caminho de Mina Clavero - muito verde neste trecho
Campo de Girassóis, estava muito seco na Argentina
Pórtico de San Luis e polícia caminera, tranquilidade com os policiais

DIA 14/01 - 14º DIA DE VIAGEM

LOS ANDES A MENDOZA

Depois do perrengue em Santiago e finalmente descansado, tomado o café da manhã como todos aqueles outros...Café com Leche + Media Luna Saimos cedo, esse dia nos reservou pouca kilometragem, mas o caminho poderia ser demorado por causa da aduana e as paisagens...

ESTRADA MARAVILHOSA

Iríamos passarmos na famosa estrada dos Caracoles... passar opor esse caminho é simplesmente maravilhoso, com as cordilheiras ao nosso redor para onde olhávamos, o picos quase já sem neve, a que restava ia sumindo devagar pelo degelo e o homem embaixo canalizando para gerar energia elétrica ou para irrigação como a cidade de Mendoza. O carro suportou muito bem os Caracoles, pois estava com medo, como aconteceu em Paso de Jama e Lagunas Altiplanas..., mas tudo bem, passou muito tranquilo, tão tranquilo que até perdi a foto tradicional dos Caracoles com todas as curvas, mas mesmo assim algumas deu pra tirar.

"CADÊ A ADUANA"

Chegamos na aduana chilena e tudo foi muito tranquilo para que ia pra Mendoza, mas a para Santiago estava enorme a fila, menos mal...tramites feitos seguimos caminho através do Túnel Cisto Redentor que divide Chile e Argentina e logo depois avistamos o ponto mais alto das Américas, o monte Aconcágua com seus 6.962 mts de altura, é de arrepiar olhar e ver aquele pico em que tantos deixaram suas vidas lá afim de conquistá-lo. Mas picos à parte fomos então pra Aduana argentina, passamos uma placa um pouco velha dizendo aduana e vi um grande barracão que mais parecia um ginásio de esportes, mas não havia ninguém por perto e então passei reto e paramos na Puente del Inca, fiquei desconfiado e perguntei para uma moça sobre a aduana, ele não entendeu nada, pois era americana, logo sacou um dicionário e me mostrou - Aduana... disse sim... ela me apontou pro barracão... putz passei a aduana... Voltei e vi que aquele barracão abrigava todos os carros que passavam por ali, caminhão não passava naquele local, por isso achei que estava abandonado, nossa cabia muitos automóveis ali e absolutamente tudo coberto... certamente é por causa do período de neve... 10x0 pra Argentina no Chile em questão de Aduana, mas a burocracia argentina é bem maior...hehehe Bom almoçamos em Upsalatta e partimos pra Mendoza afim de visitar umas vinícolas, passa em 1, nada, passa em outra, nada, aí um camponês no disse que só com hora marcada...mas talvez a Chandon eu pudesse conhecer sem marcar hora...é essa mesmo e vazeui pra lá.. Muito 10 a vinícola, mas não pude entrar na fábrica, pois estava em reforma, foram muito gentis, compramos alguns vinhos e frizantes, além de degustar...muito legal


Muito Calor em Medoza
Parque San Martin

Vinícola Chandon
Vinícola Chandon
Potrerillos
Potrerillos
Cordilheira dos Andes
Ruta 7, muito túneisPuente del Inca
Aduana Argentina
Aconcágua, maior pico das Américas
Aconcágua, onde muitos alpinistas deixaram suas vidas
Placa informatica, o Aconcágua fica a poucos quilômetros da divisa com o Chile
Parque Nacional do Aconcágua
Vale em meio a Crodilheira
Divisa Chile - Argentina
Túnel Cristo Redentor
Aduana Chilena, muito rápido e tranquilo
Caracoles

Caracoles Chilenos
Caracoles
Água de degelo, mas limpa e muito gelada
Neve descongelando,

DIA 13/01 - 13º DIA DE VIAGEM

DE LA SERENA A LOS ANDES

Depois de uma ótima noite dormida, alías uma das melhores, apagamos geral, acordamos cedo e a intenção era de dormir em Santiago, bom o caminho a partir de La Serena começa a mudar um pouco, pra começar a Ruta Panamericana é duplicada e pra piorar pedágios, muito caros, nem se compara com a Argentina e sim com o Brasil, vamos falar assim: ao Paraná, onde tem os pedágios mais caros do Brasil, mas o importante que a estrada é excelente, ha telefones de emergência a cada 2 km e a sinalização então nem se fala, se vê...é sinalizadíssimo
No Chile dificilmente se vê carros velhos e há muito poucas motos nas cidades, bem menos que nosso Brasil.

Viña del Mar - "A Copacabana chilena"

Como eu queria passar em Vinã del Mar, sabia que existia várias entradas para a região do litoral, mas como eu já havia visto em outro relatos da estrada por Papudo, não relutei, logo na primeiro trevo eu parei e perguntei para um comerciante local, ele me disse que era ali mesmo, que a estrada era bem sinuosa, mas que ia para Vina, como eu gosta de estradas sinuosas lá fui eu e não me arrependi, pois a estrada que costei o litoral entre as praias de Papudo, Zapallar e Viña del Mar, realmente é muito bonita, muito verde, muito bem cuidada, florida, vários condomínios de luxo, várias mansões de cair o queixo, ali não existe pobreza não...mes fez lembrar (pra quem conhece) a estrada Interpraias entre Itapema e Balneário Camburiú.
Chegamos ao meio-dia em Viña por volta do meio-dia, cidade muito grande, muita gente, muito movimento...prédios modernos a beira do mar e uma avenida costeira muito bonita
Fui alí que pela primeira vez entrei no Oceano Pacífico, depois de 3 dias margeando-o, agora sei por que todos argentinos e muitos chilenos vão ao Brasil nas prais, pois aquela água é tão gelada que é capaz de dar hipotermia nos banhistas... visto que estava um tremendo de um sol e pouquíssimas pessoas se arriscavam entrar naquela água gelada...
Almoçamos ali em um Shopping, por sinal enorme, nunca ví lojas ancoras tão grandes, me surpreendi com o tamanho, depois demos adeus à cidade no tradicional relógio de flores, não podia falta né...

PERRENGUE EM SANTIAGO

Partimos para Santiago, chegamos de tarde, cidade muito grande, mas com um trânsito organizado, achei a sinalização da cidade muito falha, muito poucas placas informativas e foi lá que aprendi que em certos pontos estratégicos das viagens é necessários pesquisar antes e ir com destino pré-determinado, como hotel ou reservar antecipado, pois deixamos para o final da tarde e não estávamos encontramos hotel, era hoje de rush, os poucos que encontramos era muito caro ou não tinha vagas, pequei alguns endereços na net e não ache, pedi auxílio a um taxista e ele nos mandou para uns hoteizinhos de programa, ah fiquei p... da vida e decidi, eu não vou ficar aqui não, meu destino é a Argentina.
Parti em direção a Mendoza, já era noite, chegamos por volta das 11:30 em Los Andes a pouco mais de 80 km de Santiago, consegui encontrar um hotel razoável e barato, paramos ali mesmo e dormimos...ufa...que perrengue em Santiago.... deixa para uma próxima já que não era intenção ficar lá.

DESPESAS:
em breve



Algaborro, bem perto dali, onde se localiza a maior piscina artificial do mundo com 1km de extensão
Santiago
Monumento a Salvador Alende, Santiago
Pálácio presidencial, La Moneda
Ruta Vina-Santiago
Relógio de Flores - Vina del Mar
Vina del Mar, água super "helada"
Viña
Rodovia Litorânea, muito bonita
Ruta Panemericana